A moda sustentável deixou de ser uma tendência de nicho para se tornar um movimento global. O que antes era visto como uma opção limitada e alternativa, agora simboliza inovação, consciência ambiental e responsabilidade social.
De acordo com o mapeamento da Economist Intelligence Unit (EIU), entre 2016 e 2020, a busca por produtos sustentáveis cresceu 71%, indicando um interesse crescente em práticas que equilibram a sustentabilidade financeira e ambiental. Assim, a busca por roupas que respeitam o meio ambiente e práticas éticas está transformando a indústria da moda e o comportamento dos consumidores.
O mercado de segunda mão se encontra em ascensão, em especial, os brechós. Antes vistos de maneira negativa, hoje atraem um público diversificado, desde jovens até idosos. Entre 2020 e 2021, o número de brechós no Brasil cresceu 48,5%, segundo o levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A prática de reaproveitar roupas através dos brechós não só alivia o bolso do consumidor, como também ajuda a prolongar a vida útil das peças, reduzindo a quantidade de lixo gerado pela indústria da moda. Contrariando a lógica do fast fashion, que incentiva a produção em massa e o descarte rápido, resultando em enormes quantidades de descarte têxtil e esgotamento de recursos naturais.
Esse movimento não é apenas uma tendência de consumo, mas também um reflexo da preocupação com o meio ambiente e a busca por alternativas mais econômicas. Ao unir moda, sustentabilidade e economia, os brechós estão se consolidando como uma solução relevante para consumidores que buscam um estilo de vida mais consciente e alinhado com as necessidades do planeta.
Mary Lima
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